Nota: Entendemos a dificuldade que
muitos terão em compreender diversos aspectos e detalhes deste estudo. Todavia,
à medida que nos forem chegando comentários e dúvidas, como tem sido de costume,
poderemos, se for o caso, detalhar e aprimorar ainda mais esta parte do estudo
sobre o Apocalipse. Acreditamos que este estudo deverá ser ampliado, o que
faremos progressivamente, devido à sua complexidade. Pretendemos que este estudo
seja um primeiro passo. Ressaltamos, porém, que quanto maior for sua dedicação à
leitura da Bíblia, tanto maior poderá ser sua compreensão sobre o último Livro
da Bíblia, o Apocalipse.
“Vi o céu aberto, e eis um cavalo branco. O seu cavaleiro se chama Fiel e
Verdadeiro e julga e peleja com justiça. Os seus olhos são chama de fogo; na sua
cabeça, há muitos diademas; tem um nome escrito que ninguém conhece, senão ele
mesmo. Está vestido com um manto tinto de sangue, e o seu nome se chama o Verbo
de Deus; e seguiam-no os exércitos que há no céu, montando cavalos brancos, com
vestiduras de linho finíssimo, branco e puro. Sai da sua boca uma espada afiada,
para com ela ferir as nações; e ele mesmo as regerá com cetro de ferro e,
pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso. Tem
no seu manto e na sua coxa um nome inscrito: REI DOS REIS E SENHOR DOS
SENHORES.” Apocalipse 19:11-16
Como dissemos em nosso artigo:
O Apocalipse e a Expectativa do Fim, ainda que possível seja, não optamos
por uma sequência de estudos do tipo versículo após versículo desde o início do
Apocalipse, pois este último dos Livros da Bíblia requer uma abordagem toda
especial, sobretudo por sua complexidade quanto à cronologia relativa aos
últimos eventos do fim.
Neste Capítulo 19, o Apóstolo João viu o retorno do Senhor Jesus Cristo, e
porque viu e ouviu, também escreveu, como o Senhor lhe ordenou que fizesse:
“Escreve, pois, as coisas que viste, e as que são, e as que hão de acontecer
depois destas.” Apocalipse 1:19
João viu o céu aberto e o Senhor Jesus Cristo cavalgando um cavalo branco,
retornando para julgar e pelejar com justiça. Que se trata da pessoa de
Cristo, isto é incontestável, pois as referências a ele neste momento são
inequívocas: É o Verbo de Deus, está vestido com um manto tinto de sangue, é ele
próprio quem regerá as nações com cetro de ferro, e é chamado de o Rei dos Reis
e Senhor dos Senhores.
O Evangelho segundo João já nos revela que o Senhor Jesus Cristo é, ele próprio,
o Verbo de Deus.
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus.” João
1:1
“E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e
vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai.” João 1:14
Esta, aliás, é uma inequívoca
afirmação das Escrituras sobre a divindade do Senhor Jesus, pois diz:
“e
o Verbo era Deus”.
Interessante notarmos que João o descreve como vindo para julgar e para
pelejar. Deste modo, o Senhor Jesus não virá como em sua primeira vez,
quando se fez carne e habitou entre nós, cheio de ternos afetos de misericórdia,
com a mão estendida para oferecer a amizade de Deus e a reconciliação a quem
quer que nele cresse, ou viesse a crer. Desta vez, não virá o Senhor, em sua
segunda vinda, como servo humilde ou como cordeiro para ser imolado, mas
retornará com grande ira, a qual derramará, sem misericórdia sobre os inimigos
de Deus, quer sejam anjos, quer sejam homens. E destas coisas também nos fala
Habacuque.
“Deus vem de Temã, e do monte Parã vem o Santo. A sua glória cobre os céus, e a
terra se enche do seu louvor. O seu resplendor é como a luz, raios brilham da
sua mão; e ali está velado o seu poder. Adiante dele vai a peste, e a
pestilência segue os seus passos. Ele pára e faz tremer a terra; olha e sacode
as nações. Esmigalham-se os montes primitivos; os outeiros eternos se abatem. Os
caminhos de Deus são eternos. Vejo as tendas de Cusã em aflição; os acampamentos
da terra de Midiã tremem. Acaso, é contra os rios, SENHOR, que estás irado? É
contra os ribeiros a tua ira ou contra o mar, o teu furor, já que andas montado
nos teus cavalos, nos teus carros de vitória? Tiras a descoberto o teu arco,
e farta está a tua aljava de flechas. Tu fendes a terra com rios. Os montes te
vêem e se contorcem; passam torrentes de água; as profundezas do mar fazem ouvir
a sua voz e levantam bem alto as suas mãos. O sol e a lua param nas suas
moradas, ao resplandecer a luz das tuas flechas sibilantes, ao fulgor do
relâmpago da tua lança. Na tua indignação, marchas pela terra, na tua
ira, calcas aos pés as nações. Tu sais para salvamento do teu povo, para
salvar o teu ungido; feres o telhado da casa do perverso e lhe descobres de todo
o fundamento. Traspassas a cabeça dos guerreiros do inimigo com as suas próprias
lanças, os quais, como tempestade, avançam para me destruir; regozijam-se, como
se estivessem para devorar o pobre às ocultas. Marchas com os teus cavalos pelo
mar, pela massa de grandes águas.” Habacuque 3:3-15
O que Habacuque viu foi a volta de Cristo, o Senhor, e ali é perguntado: “Acaso,
é contra os rios, SENHOR, que estás irado? É contra os ribeiros a tua ira ou
contra o mar, o teu furor, já que andas montado nos teus cavalos, nos teus
carros de vitória?”. A conjunção do Capítulo 3 do Livro de Habacuque
com o Capítulo 19 do Apocalipse nos mostra que o Senhor virá em ira, em
indignação, e fará cair a sua ira sobre todos os que o desprezaram. Esta é a vez
de Deus, é a sua hora, é o seu dia.
O Senhor não muda, como afirmam as Escrituras, portanto o que veremos quando da
sua volta não será nenhuma mudança em seu caráter generoso, sobremodo benigno e
amoroso, mas será o que poderíamos chamar de o lado terrível da personalidade de
Deus, ou seja, a intolerância para com o mal, o qual se manifesta entre, e
através, dos homens pelas injustiças que cometem.
“Tu és tão puro de olhos, que não podes ver o mal e a opressão não podes
contemplar; por que, pois, toleras os que procedem perfidamente e te calas
quando o perverso devora aquele que é mais justo do que ele?” Habacuque 1:13
Por toda a história da humanidade, Deus tem, ininterruptamente, estendido às
mãos aos homens, a fim de que se arrependam do mal que praticam e recebam de
Deus o perdão dos pecados e a salvação de suas almas. Porém, quando retornar o
Senhor, esta situação já estará encerrada eternamente, ou seja, terá findado o
tempo, já não haverá mais remédio, fechou-se a porta. E no Livro de Salmos
podemos ver como Deus tem se contido durante todo este tempo, para no grande
dia, neste que viu o Apóstolo João, em Apocalipse 19, permitir que se lhe
inflame a ira, e que a vingança seja dada a todos os seus inimigos.
“Beijai o Filho para que se não irrite, e não pereçais no caminho; porque
dentro em pouco se lhe inflamará a ira. Bem-aventurados todos os que nele se
refugiam.” Salmos 2:12
“Bem-aventurados todos os que nele se refugiam”
significa que buscar refúgio no Filho de Deus é o único modo de escaparmos à ira
vindoura.
“Ora, nós conhecemos aquele que disse: A mim pertence a vingança; eu
retribuirei. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo.” Hebreus 10:30
Em outro estudo seguinte, se Deus assim nos conceder, estaremos falando sobre os
sete selos, sobre as sete trombetas e sobre as sete taças da cólera de Deus.
Porém aqui, apenas citaremos um trecho bíblico que fala sobre o que sucederá
após a abertura do sexto selo do Livro que se encontra nas mãos do Cordeiro, que
é Jesus.
“Vi quando o Cordeiro abriu o sexto selo, e sobreveio grande terremoto. O sol se
tornou negro como saco de crina, a lua toda, como sangue, as estrelas do céu
caíram pela terra, como a figueira, quando abalada por vento forte, deixa cair
os seus figos verdes, e o céu recolheu-se como um pergaminho quando se enrola.
Então, todos os montes e ilhas foram movidos do seu lugar. Os reis da terra, os
grandes, os comandantes, os ricos, os poderosos e todo escravo e todo livre se
esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes e disseram aos montes e aos
rochedos: Caí sobre nós e escondei-nos da face daquele que se assenta no trono e
da ira do Cordeiro, porque chegou o grande Dia da ira deles; e quem é que
pode suster-se?” Apocalipse 6:12-17
Esta citação tem por objetivo demonstrar, novamente, como virá o Senhor, ou
seja, em ira e tomando vingança contra seus inimigos.
As Religiões das Estorinhas e das Fantasias. As Preferidas dos
Povos.
Todo ser humano possui consciência do bem ou do mal que pratica, e por isso não
são poucos os que amam as religiões que lhes contam falácias, fantasias e
mentiras, deixando de lhes mostrar o verdadeiro conhecimento de Deus. E em
grande destaque, nesse aspecto, se encontra a Igreja Católica Romana, o maior
exemplo de apostasia (traição a Cristo) de toda a história.
Recentemente, exercendo um grande esforço de paciência, literalmente suportei
uma pregação televisiva de um "Monsenhor sei lá de que" da Meretriz de Roma. O
tal “teólogo”, após cansar e exaurir a paciência de quem o ouvia pregar sobre o
Apocalipse, e isto porque rodeou a terra e o mar a fim de chegar à conclusão de
sua pregação, qual seja: “O mal será eliminado da terra, haverá uma nova era de
paz, de alegria e de felicidades sem fim no futuro que nos aguarda”,
praticamente nada falou sobre o juízo de Deus, um dos aspectos mais
profundos, importantes e solenemente destacados no Apocalipse. Porém,
pergunto eu, como poderia ele falar sobre alguém que não conhece? Por isso
haverão, à semelhança dos fariseus e dos escribas, receber maior juízo, pois a
si próprios se colocaram como mestres das coisas de Deus, sem que eles próprios
desejassem abrir seus ouvidos aos ensinamentos de Cristo.
Semelhantemente, religiões do tipo conto da carochinha, como o Budismo, por
exemplo, também atraem muitos adeptos, pois o aspecto inevitável da ira e do
juízo de Deus não são mencionados. E nem mesmo poderiam ser, pois para o Budismo
não há Deus, como você poderá entender no artigo
Budismo e Ateísmo, Uma Relação Incontestável.
Todavia, para os que desejam a verdadeira salvação, temer o juízo de Deus é uma
manifestação de sabedoria, pois está escrito que não devemos praticar o mal,
primeiramente por amarmos a Deus, mas também por temê-lo.
“Chegar-me-ei a vós outros para juízo; serei testemunha veloz contra os
feiticeiros, e contra os adúlteros, e contra os que juram falsamente, e contra
os que defraudam o salário do jornaleiro, e oprimem a viúva e o órfão, e torcem
o direito do estrangeiro, e não me temem, diz o SENHOR dos Exércitos.”
Malaquias 3:5
A Espada de Dois Gumes
Quando nos é relatado, no Capítulo 1 do Apocalipse, que o Apóstolo João viu o
Senhor Jesus Cristo ressuscitado e glorificado, dele é dito:
“Voltei-me para ver quem falava comigo e, voltado, vi sete candeeiros de ouro e,
no meio dos candeeiros, um semelhante a filho de homem, com vestes talares e
cingido, à altura do peito, com uma cinta de ouro. A sua cabeça e cabelos eram
brancos como alva lã, como neve; os olhos, como chama de fogo; os pés,
semelhantes ao bronze polido, como que refinado numa fornalha; a voz, como voz
de muitas águas. Tinha na mão direita sete estrelas, e da boca saía-lhe uma
afiada espada de dois gumes. O seu rosto brilhava como o sol na sua força.”
Apocalipse 1:12-16
A descrição do Senhor Jesus Cristo em Apocalipse 1 é idêntica à sua descrição
neste Capítulo 19, olhos como chama de fogo e uma espada afiada saindo de sua
boca. Esta espada afiada é uma referência às palavras que o Senhor tem falado
aos homens ao longo da história, sobretudo pelo Evangelho, como está escrito:
“Quem me rejeita e não recebe as minhas palavras tem quem o julgue; a própria
palavra que tenho proferido, essa o julgará no último dia.” João 12:48
Diante das palavras do Senhor Jesus Cristo, há somente duas posições a serem
tomadas: A aceitação ou a rejeição. Para os que se lhe sujeitam e submetem,
sendo ele o Rei dos reis e o Senhor dos senhores, suas próprias promessas lhes
garantem o perdão e a vida eterna. Já os rebeldes e insubordinados serão
tratados por ele com a justa ira devida, a qual se manifestará quando de sua
vinda, como estamos estudando neste Capítulo 19 do Apocalipse.
O aspecto do juízo e da ira de Deus são de tal maneira enfatizados neste
capítulo, que ao falar sobre o que viu João, a saber, o Senhor Jesus Cristo
retornando em glória para julgar e pelejar com justiça, também ali é dito que
ele, pessoalmente, pisa o lagar do vinho do furor da ira do Deus Todo-Poderoso,
deixando bem claro a quem quer que ouças as palavras deste Livro, o Apocalipse,
que ele é o REI DOS REIS E SENHOR DOS SENHORES. Em outras palavras, é o Senhor
Jesus Cristo quem possui autoridade suprema sobre as mais elevadas autoridades
deste mundo, o qual receberá a justa punição e o justo castigo por toda uma
história de maldades e de perversidades cometidas, evidenciando o caráter
rebelde e de rebelião no qual se encontra este mundo imerso.
O Arrebatamento e O Armagedom
“Então, vi um anjo posto em pé no sol, e clamou com grande voz, falando a todas
as aves que voam pelo meio do céu: Vinde, reuni-vos para a grande ceia de Deus,
para que comais carnes de reis, carnes de comandantes, carnes de poderosos,
carnes de cavalos e seus cavaleiros, carnes de todos, quer livres, quer
escravos, tanto pequenos como grandes. E vi a besta e os reis da terra, com os
seus exércitos, congregados para pelejarem contra aquele que estava montado no
cavalo e contra o seu exército. Mas a besta foi aprisionada, e com ela o falso
profeta que, com os sinais feitos diante dela, seduziu aqueles que receberam a
marca da besta e eram os adoradores da sua imagem. Os dois foram lançados vivos
dentro do lago de fogo que arde com enxofre. Os restantes foram mortos com a
espada que saía da boca daquele que estava montado no cavalo. E todas as aves se
fartaram das suas carnes.” Apocalipse 19:17-21
No Apocalipse há 3
sequências compostas de 7 etapas cada uma delas, os sete selos, as
sete trombetas e as sete taças, as quais são a chave para que possamos
compreender a cronologia dos eventos apocalípticos. Se João viu o céu aberto e o
Senhor vindo dos céus com grande poder e glória, isto é porque já terá ressoado
a última das sete trombetas, como Paulo escreveu:
"Eis que vos digo um
mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento,
num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta
soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados." 1
Coríntios 15: 51,52.
"Ora, ainda vos
declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à
vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor
mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a
trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos,
seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do
Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor. Consolai-vos,
pois, uns aos outros com estas palavras." 1 Tessalonicenses 4:15-18
O Arrebatamento
da Igreja ocorrerá no momento quando o Senhor descer dos céus, ao ressoar a
última das 7 trombetas, como está escrito nos trechos bíblicos acima citados, e
no Capítulo 19 do Apocalipse. Isto significa que a primeira ressurreição já terá
ocorrido, e o restante dos mortos ainda não terão ressuscitado, e quando o
restante dos mortos forem ressuscitados, o serão para a condenação, não para a
salvação. Vejamos o que nos diz o Senhor:
"Não vos maravilheis
disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos túmulos ouvirão a sua
voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os que
tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo." João 5:28,29
E vejamos esta mesma
realidade, novamente, no Apocalipse, em um momento quando a primeira
ressurreição já tiver ocorrido:
Então, vi descer do céu um anjo; tinha na mão a
chave do abismo e uma grande corrente. Ele segurou o dragão, a antiga serpente,
que é o diabo, Satanás, e o prendeu por mil anos; lançou-o no abismo, fechou-o e
pôs selo sobre ele, para que não mais enganasse as nações até se completarem os
mil anos. Depois disto, é necessário que ele seja solto pouco tempo. Vi também
tronos, e nestes sentaram-se aqueles aos quais foi dada autoridade de julgar. Vi
ainda as almas dos decapitados por causa do testemunho de Jesus, bem como por
causa da palavra de Deus, tantos quantos não adoraram a besta, nem tampouco a
sua imagem, e não receberam a marca na fronte e na mão; e viveram e reinaram com
Cristo durante mil anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se
completassem os mil anos. Esta é a primeira ressurreição. Bem-aventurado
e santo é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre esses a segunda
morte não tem autoridade; pelo contrário, serão sacerdotes de Deus e de Cristo e
reinarão com ele os mil anos." Apocalipse 20:1-6
Pois bem, o trecho de
Apocalipse 19:17-21, citado acima, após o subtítulo, refere-se ao que sucederá
aos que forem deixados para trás após a primeira ressurreição, ou seja, são os
que serão deixados para que sirvam de banquete às aves que voam pelo meio do
céu, aos abutres, como diz o Senhor ao falar sobre os que forem deixados para
trás após o arrebatamento:
"Digo-vos
que, naquela noite, dois estarão numa cama; um será tomado, e deixado o outro;
duas mulheres estarão juntas moendo; uma será tomada, e deixada a outra. Dois
estarão no campo; um será tomado, e o outro, deixado. Então, lhe perguntaram:
Onde será isso, Senhor? Respondeu-lhes: Onde estiver o corpo, aí se ajuntarão
também os abutres." Lucas 17:34-37
E, novamente:
"Vinde, reuni-vos para a grande ceia de Deus, para que comais carnes de reis,
carnes de comandantes, carnes de poderosos, carnes de cavalos e seus cavaleiros,
carnes de todos, quer livres, quer escravos, tanto pequenos como
grandes."
Esta é uma referência
ao estado de desgraça em que se encontrarão os que forem deixados para trás após
o arrebatamento, ou seja, quando a porta já tiver sido fechada. Esses abutres
são os demônios, os quais terão a permissão de Deus, anunciada pelo anjo posto
em cima do sol, para que possuam os corpos dos que tiverem ficado para trás, os
quais, conduzidos por Satanás, sitiarão Jerusalém, que a Bíblia chama de
“o
acampamento dos santos e a cidade querida”
e pelejarão contra o Cordeiro.
"Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás
será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações que há nos quatro cantos da
terra, Gogue e Magogue, a fim de reuni-las para a peleja. O número dessas
é como a areia do mar. Marcharam, então, pela superfície da terra e sitiaram
o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os
consumiu. O diabo, o sedutor deles, foi lançado para dentro do lago de fogo e
enxofre, onde já se encontram não só a besta como também o falso profeta; e
serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos." Apocalipse
20:7-10
Diz-nos a Bíblia que
após o arrebatamento da Igreja, todos os santos estarão com Cristo e reinarão
como ele por um período que a Bíblia chama de mil anos. Isto se dará ainda aqui
nesta terra, em Jerusalém, para que se cumpram as profecias do Antigo Testamento
sobre o Reino do filho de Davi, ou Reino da sua descendência, como está
profetizado.
"Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; o governo está sobre os
seus ombros; e o seu nome será: Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da
Eternidade, Príncipe da Paz; para que se aumente o seu governo, e venha paz
sem fim sobre o trono de Davi e sobre o seu reino, para o estabelecer e o firmar
mediante o juízo e a justiça, desde agora e para sempre. O zelo do SENHOR
dos Exércitos fará isto." Isaías 9:6,7
"Eis que vem o Dia do SENHOR, em que os teus despojos se repartirão no meio de
ti. Porque eu ajuntarei todas as nações para a peleja contra Jerusalém; e a
cidade será tomada, e as casas serão saqueadas, e as mulheres, forçadas; metade
da cidade sairá para o cativeiro, mas o restante do povo não será expulso da
cidade. Então, sairá o SENHOR e pelejará contra essas nações, como pelejou no
dia da batalha. Naquele dia, estarão os seus pés sobre o monte das Oliveiras,
que está defronte de Jerusalém para o oriente; o monte das Oliveiras será
fendido pelo meio, para o oriente e para o ocidente, e haverá um vale muito
grande; metade do monte se apartará para o norte, e a outra metade, para o sul.
Fugireis pelo vale dos meus montes, porque o vale dos montes chegará até Azal;
sim, fugireis como fugistes do terremoto nos dias de Uzias, rei de Judá;
então, virá o SENHOR, meu Deus, e todos os santos, com ele. Acontecerá,
naquele dia, que não haverá luz, mas frio e gelo. Mas será um dia singular
conhecido do SENHOR; não será nem dia nem noite, mas haverá luz à tarde. Naquele
dia, também sucederá que correrão de Jerusalém águas vivas, metade delas para o
mar oriental, e a outra metade, até ao mar ocidental; no verão e no inverno,
sucederá isto. O SENHOR será Rei sobre toda a terra; naquele dia, um só será o
SENHOR, e um só será o seu nome." Zacarias 14:1-9
Estes santos, então,
são todos os que tiverem tido parte na primeira ressurreição, bem como serão
também todos aqueles que tiverem sido arrebatados aos céus, mesmo sem terem
passado pela morte. Viveremos e reinaremos com Cristo mil anos. No trecho acima
citado, de Zacarias 14, nos são dados alguns detalhes sobre este dia, a saber o
Dia do Senhor, o qual será "um
dia singular conhecido do SENHOR; não será nem dia nem noite, mas haverá luz à
tarde". Isto significa que este
período chamado de mil anos, será um espaço de tempo que ocorrerá no último dia,
no Dia do Senhor. E sobre este dia também falou o Apóstolo Pedro.
"Há, todavia, uma coisa, amados, que não deveis esquecer: que, para o Senhor,
um dia é como mil anos, e mil anos, como um dia." 2 Pedro 3:8
O Grande Trono
Branco
Após terem sido
lançados para dentro do lago do fogo, tanto o Diabo, como a Besta e o Falso
Profeta, e após ter se cumprido o período que a Bíblia chama de mil anos, haverá
a segunda ressurreição, como nos é relatado nas Escrituras.
"Vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta,
de cuja presença fugiram a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. Vi
também os mortos, os grandes e os pequenos, postos em pé diante do trono. Então,
se abriram livros. Ainda outro livro, o Livro da Vida, foi aberto. E os mortos
foram julgados, segundo as suas obras, conforme o que se achava escrito nos
livros. Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e o além entregaram os
mortos que neles havia. E foram julgados, um por um, segundo as suas obras.
Então, a morte e o inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a
segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da
Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo." Apocalipse 20:11-15
Este grande trono
branco de que fala o Apocalipse é o trono de Deus, como está escrito: "Vi
um grande trono branco e aquele que nele se assenta", e será
diante de Deus, e por Deus, que serão julgados os da segunda ressurreição, um
por um, segundo as suas obras. E a segunda ressurreição aqui é vista quando é
dito: "Deu o mar os mortos que nele estavam. A morte e
o além entregaram os mortos que neles havia". Esta é uma clara
referência a todos os que morreram perdidos, cujos corpos serão entregues pelo
mar e pela morte (uma referência aos lugares onde estiverem os corpos dos que
serão condenados) e cujas almas serão entregues pelo Hades,
nesta tradução para o português chamado de o além. Juntos, cada alma e cada
corpo de cada indivíduo, reunidos na segunda ressurreição, serão todos lançados
no lago do fogo, em consciência, e lá permanecerão pelos séculos dos séculos.
São esses aqueles cujos nomes não foram achados inscritos no Livro da Vida.
INTELLECTUS